terça-feira, 15 de junho de 2010

Cantiga do desencontro


"Onde estou que não me encontro

caminho que já não sinto,

eco de vozes distantes

flutuando no labirinto?

Onde deixei meu olhar

repleto de águas e rastros,

onde a lama se confunde

com o silêncio dos astros?

Onde estou que não me encontro

entre esperanças antigas,

gesto perdido de sombras,

lábios gastos de cantigas?

Onde larguei a inocência,

a voz, o sonho, a distância,

se os manacás reflorescem

além dos muros da infância!"


(Paulo Bonfim)

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